Maya Angelou e o poder de se levantar
Maya Angelou (1928–2014) foi uma das vozes mais potentes da literatura afro-americana e da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Escritora, poeta, atriz e ativista, sua obra atravessa fronteiras culturais e temporais, tocando temas como racismo, identidade, resistência e dignidade. Com uma escrita marcada pela força da oralidade e pela beleza lírica, Angelou transformou sua vivência em arte e inspiração …
Entre seus trabalhos mais emblemáticos está o poema “Still I Rise”, traduzido como “Eu ainda me levanto”, publicado originalmente em 1978 na coletânea And Still I Rise. Escrito em um contexto de forte tensão racial e política nos EUA, o poema é uma resposta poética à opressão histórica sofrida pelos negros, especialmente pelas mulheres negras. Com versos que desafiam o preconceito e celebram a resiliência, Angelou constrói um hino à autoestima e à liberdade.
Desde sua publicação, “Still I Rise” tornou-se um dos textos mais citados e performados da autora, sendo usado em escolas, manifestações e cerimônias como símbolo de resistência e esperança. Sua mensagem continua atual, ecoando nas lutas contemporâneas contra o racismo, o machismo e outras formas de opressão.
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Portanto, prepare-se para se emocionar… Leia o poema com atenção, deixe que cada verso te atravesse, e depois, aproveite para assistir ao vídeo com a atriz Zezé Motta, que empresta sua voz e emoção à leitura — é de arrepiar. Se essa leitura te tocar, compartilhe com alguém especial — às vezes, tudo que a gente precisa é lembrar que ainda podemos nos levantar. E se curtir o conteúdo, fique por perto: o Farofa Filosófica está sempre trazendo reflexões que fazem pensar e sentir! 🧠💕
Ainda assim eu me levanto
Você pode me riscar da História
Com mentiras lançadas ao ar.
Pode me jogar contra o chão de terra,
Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.
Minha presença o incomoda?
Por que meu brilho o intimida?
Porque eu caminho como quem possui
Riquezas dignas do grego Midas.
Como a lua e como o sol no céu,
Com a certeza da onda no mar,
Como a esperança emergindo na desgraça,
Assim eu vou me levantar.
Você não queria me ver quebrada?
Cabeça curvada e olhos para o chão?
Ombros caídos como as lágrimas,
Minh’alma enfraquecida pela solidão?
Meu orgulho o ofende?
Tenho certeza que sim
Porque eu rio como quem possui
Ouros escondidos em mim.
Pode me atirar palavras afiadas,
Dilacerar-me com seu olhar,
Você pode me matar em nome do ódio,
Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.
Minha sensualidade incomoda?
Será que você se pergunta
Porquê eu danço como se tivesse
Um diamante onde as coxas se juntam?
Da favela, da humilhação imposta pela cor
Eu me levanto
De um passado enraizado na dor
Eu me levanto
Sou um oceano negro, profundo na fé,
Crescendo e expandindo-se como a maré.
Deixando para trás noites de terror e atrocidade
Eu me levanto
Em direção a um novo dia de intensa claridade
Eu me levanto
Trazendo comigo o dom de meus antepassados,
Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado.
E assim, eu me levanto
Eu me levanto
Eu me levanto.
“E ainda assim eu me Levanto” , de Maya Angelou. Copyright © 1978 por Maya Angelou. Reproduzido com permissão da Random House, Inc. Via Poets.org
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