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Morte e Vida Severina é um poema dramático escrito por João Cabral de Melo Neto entre 1954 e 1955, considerado uma das obras-primas da literatura brasileira. A história acompanha Severino, um retirante do sertão nordestino que parte em busca de melhores condições de vida no litoral, enfrentando a seca, a miséria e a morte ao longo do caminho…
“O meu nome é Severino,
não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias…”
O poema retrata a dura realidade social e econômica do Nordeste brasileiro na década de 1950, marcada pela seca persistente e pela desigualdade. Severino encontra outros nordestinos que, como ele, vivem sob a ameaça constante da morte — seja pela fome, pela violência ou pela falta de oportunidades. A narrativa culmina em um momento de esperança renovada com o nascimento de uma criança, simbolizando a persistência da vida mesmo diante das adversidades.
João Cabral de Melo Neto, diplomata e poeta, utilizou um estilo rigoroso e realista, valorizando a cultura popular e criticando as injustiças sociais. Sua obra é um marco do Modernismo brasileiro, especialmente da Geração de 1945, e foi reconhecida nacional e internacionalmente.
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(Downloads via Annas Archive)
A animação de Morte e Vida Severina
Além das adaptações para teatro, cinema e televisão, Morte e Vida Severina ganhou uma versão em desenho animado dirigida por Afonso Serpa, realizada pela Fundação Joaquim Nabuco e TV Escola. A animação traduz o poema para a linguagem visual, utilizando o contraste de claro e escuro para representar a circularidade do percurso de Severino, a diluição da individualidade e as vozes discordantes presentes no texto original. Ao adaptar o poema, a animação amplia o contexto da obra, retirando o subtítulo original “auto de natal pernambucano” para destacar que os problemas enfrentados por Severino são universais, ultrapassando o Nordeste e o Brasil. A animação também assume autonomia artística, explorando a luz como personagem e recurso discursivo, o que intensifica a experiência sensorial e emocional do espectador.
Direção: Afonso Serpa | Ano: 2010 | Duração: 52 minutos
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