Que se entende por consciência?
Por Arthur Schopenhauer*
Resposta: a percepção (direta e indireta) do “eu”, em oposição aos objetos exteriores, que constitui o objeto dessa faculdade especial denominada percepção exterior. Esta última faculdade, ainda antes que se lhe apresentem os objetos exteriores, possui certas formas necessárias (a priori) do conhecimento, formas que constituem, depois, outras tantas condições de existência para nós como objetos externos: tais são, como todos sabem, o tempo, o espaço, a causalidade. Mas, se bem essas formas da percepção exterior residam em nós, não têm elas, no entanto, outro fim que não seja o de permitir-nos adquirir conhecimento dos objetos exteriores como tais, em relação constante com as formas a elas pertinentes; desse modo, não devemos considerá-las como pertencentes ao domínio da consciência, mas, diversamente, como simples condições da possibilidade de todo conhecimento dos objetos exteriores, isto é, da sua percepção objetiva.
Além disso, eu não me deixaria conduzir a equívoco pelo duplo sentido da palavra conscientia, usada no enunciado da questão, evitando confundir com consciência propriamente dita o complexo dos instintos morais do homem, designado sob o nome da consciência moral ou de razão prática, com os imperativos categóricos que Kant lhe atribui; e isso porque, por um lado, esses instintos não começam a desenvolver-se no homem senão em seguida à experiência e à reflexão, isto é, por via da percepção exterior; por outro, porque nesses mesmos instintos, a linha divisória entre o que pertence originária e propriamente à natureza humana e o que a educação moral e religiosa lhe acrescenta, não está ainda traçada de forma límpida e indiscutível.
Por outro lado, não corresponderia às intenções da Academia torcer artificialmente a questão, precipitando-a no terreno moral… (Continua…)
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SCHOPENHAUER, Arthur. O livre arbítrio In: Os maiores clássicos de todos os tempos. Vol. III – 1985 Editora Novo Horizonte. p. 161-166.
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